domingo, 11 de outubro de 2009

Métodos de obtenção do cloreto de sódio






1- Processo de produção do sal marinho




O sal é produzido através de um processo contínuo de evaporação da água do mar, que é bombeada com aproximadamente 3,5% de sais totais dos quais ¾ são cloreto de sódio. Para cada tonelada de sal produzida, utiliza­-se aproximadamente 45m³ de água do mar que foi inicialmente bombeada, que vai fluindo pelos diversos evaporadores e paulatinamente aumentando sua concentração de cloreto de sódio. Ao atingir o último evaporador, a salmoura já se encontra maturada e preparada para alimentar os grandes cristalizadores onde, durante os meses de junho a janeiro de cada ano, o sal é precipitado. O sal é colhido mecanicamente ou manualmente, lavado com salmoura saturada e empilhado nas áreas de estocagem, onde aguardará para ser comercializado.














No início do processo, o sal é obtido através da exploração das águas do mar, quando os rios, que são temporais, enchem-se e misturam-se com a água do mar. Deste encontro ocorre o espraiamento, que então enche as várzeas, deixando nelas porções de água retidas nos tanques "chocadores" ou "cristalizadores". Após alguns dias, acontece a evaporação através do sol e dos ventos, deixando os solos cobertos por camadas da substância cristalina.

(Tanques de Cristalização)


A limpeza do sal consiste na lavagem do sal bruto ainda na salina, muitas vezes acontecendo uma segunda lavagem para garantir a qualidade do produto. Em seguida, o sal é depositado em uma centrífuga onde é secado e preparado para a moagem.
O processo de refino constitui uma moagem mais sofisticada, já que o sal é aquecido a 120 graus centígrados, em uma operação conhecida por "torragem". Após este processo, o sal está pronto para ser embalado em sacos plásticos, tornando-se apto para ser comercializado e chegar até o paladar do consumidor.
No Brasil, o sal de mesa costuma ser iodado para repor a falta de iodo nas populações do interior que sofrem da doença de bócio. O método apresentado acima é uma explicação simples para o processo de obtenção do cloreto de sódio, a partir da água do mar (ou oceanos).

2 - Eflorescências do sal nas regiões áridas
As eflorescências dos solos desérticas têm sua origem nas águas freáticas ascendentes, tal é o caso dos pântanos da Estepe dos Kirguises entre o Volga e os Urais, e do grande deserto salgado do Iran.

3 - Jazidas de sal Gema
A formação dos jazimentos está ligada a determinadas épocas e regiões. Desde o período Cambriano, em todas as épocas há indício da formação de sal. É suposto para a formação destes jazimentos, além de um clima árido, observa-se existiu uma configuração tectônica favorável no ambiente onde houve a deposição.
O sal gema é extraído pelo método de lavra por solução e pelo método de lavra subterrânea convencional.
O método de lavra por solução, consiste na perfuração de poços tubulares com sondas rotativas até a zona minerável. Através dessas perfurações tubulares são levadas ao horizonte de interesse econômico duas a três linhas de tubos com diâmetros compatíveis. No espaço anular, entre as tubulações e o revestimento do poço é circulado óleo. Um dos tubos é utilizado para injeção da água doce e outro para a extração da salmoura resultante da dissolução dos sais. O terceiro tubo para o controle e medidas de fundo do poço. A salmoura obtida por esse processo deixa em profundidade uma cavidade incipiente. Como a tendência da água injetada é dissolver os sais na direção vertical, utiliza se "solução controlada" para o aproveitamento do sal na direção horizontal, através de fluido menos denso do que a água, por exemplo, o óleo. Esse fluido flutua na parte superior de cada cavidade, envolvendo seu teto, evitando assim a dissolução dos sais neste local. Dessa maneira, a cavidade, obrigatoriamente, cresce no sentido horizontal. A cavidade deve ser sempre conservada cheia de salmoura, com o objetivo de proteger o teto. Em razão da dissolução lenta dos sais, a produção de salmoura com concentração operacional, exige que a taxa de circulação (injeção/extração) seja permanentemente mantida sob controle. A grande dificuldade do sistema é fixar o diâmetro crítico da cavidade, da qual depende a ecomicidade e a segurança do processo.
No método de lavra subterrânea convencional, através do sistema de câmaras e pilares é necessário, primeiro, executar a abertura de pelo menos um poço, que consiste numa escavação com o diâmetro de aproximadamente 7 m, e profundidade dependendo da camada. Esse poço permitirá o acesso às camadas de interesse a lavra, dando condições para que a partir dele fossem desenvolvidas galerias aproximadamente horizontais, de onde seria extraído o minério com auxílio de equipamento mecânico. O poço também daria condições para a movimentação do pessoal, equipamentos e materiais, permitindo por outro lado o acesso à instalação dos com dutos de luz e força e provavelmente refrigeração, além de transporte vertical até a superfície do minério desmontado nas frentes de trabalho. Na escavação do poço as condições hidrodinâmicas dos horizontes a serem atravessados deverão exigir congelamento artificial e posterior revestimento. O dimensionamento das câmaras e pilares, por outro lado, poderá sofrer a influência da natureza das camadas imediatamente sotopostas ou superpostas em função principalmente do comportamento mecânico das rocha. No ano de 1995, o sal-gema, era extraído no Brasil, nos estados da Bahia e de Alagoas.



Na Polônia, há uma mina de sal, que é explorada desde o século XIII, estando ainda em atividade, a Mina de Sal de Wieliczka, com mais de 300Km de níveis superpostos de túneis e galerias, onde a abundância de sal era tanta que os mineiros esculpiram no mineral, obras de arte com temas religiosos, como é o caso da foto ao lado a Capela de Blessed Kinga.

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